Control Engineering News

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Batom na mecatrônica


Desde que alguns engenheiros no Brasil traduziram de forma errônea a sigla IHM, as mulheres tem se sentindo um pouco injustiçadas quando o assunto é automação industrial, análise de dados de chão de fábrica ou qualquer coisa que envolva algoritmos e softwares. Em Curitiba (PR), entretanto, uma jovem de 24 anos está dando um pouco mais de rosa a esse ambiente essencialmente masculino e provando que as mulheres também tem espaço.
Simone de Lima é funcionária da empresa Hilub Preditiva há três anos e decidiu-se formar-se no curso de Tecnologia de Mecatrônica Industrial pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná. O trabalho acontece no chão de fábrica e inclui análise de óleo, vibração e equipamentos industriais.“Um amigo, hoje gerente dos técnicos da empresa, começou a trabalhar aqui e me contava como funcionava o serviço”, lembra. “Com o tempo, fiquei interessada nesse tipo de manutenção. Aproveitei a chance e comecei a trabalhar na área”, diz Simone.
Para ela, o fato de ser mulher pode aumentar a confiança do cliente. “Estar nessa área é uma vitória. Pois é um segmento masculino, em que encontramos alguns homens com conceitos completamente ultrapassados”, explica. “Esse preconceito é a maior dificuldade, porém não são todos que reagem assim. Muitos clientes aprovam uma mulher trabalhando no setor e gostam do trabalho, dizem que mulher é mais cuidadosa, presta mais atenção nos detalhes”, afirma.
A propósito: IHM no Brasil foi traduzido como Interface Homem-Máquina, mas a origem da palavra no inglês é HMI Human Machine Interaction (interface entre humanos e máquinas). Boa sorte Simone!

Nenhum comentário: